quarta-feira, 13 de março de 2013


Olinda realiza o enterro simbólico do mosquito da dengue

Com orquestra de frevo animando o cortejo, caixão percorreu ladeiras.
Intenção é conscientizar a população sobre os cuidados também no carnaval.

Katherine Coutinho 
  Do G1 PE

Mosquito da dengue dentro do caixão, em Olinda (Foto: Katherine Coutinho / G1 PE)Mosquito da dengue dentro do caixão, em Olinda (Foto: Katherine Coutinho / G1 PE)
 Os primeiros meses do ano costumam ser de alerta em Pernambuco. O calor forte e as chuvas espaçadas criam o ambiente propício para o desenvolvimento do mosquito da dengue. Por isso, para incentivar a população a não relaxar nas medidas preventivas no período do carnaval, a Prefeitura de Olinda promoveu nesta quinta-feira (7) o enterro do Aedes Aegypti, mosquito causador da doença. Ao som de uma orquestra de frevo, um cortejo com o caixão percorreu as ladeiras.
A diretora de Vigilância à Saúde do município, Márcia Marcondes, explica que o enterro simbólico é uma forma de conscientizar a população. "Aproveitamos para brincar o carnaval intensificando o combate à dengue. Durante a folia, as pessoas brincam com água, que acumulam nas casas devido à intermitência. Precisamos alertar para esses perigos, para não voltarmos ao estado de alerta", diz Márcia.
Com funcionários da diretoria e também moradores, o cortejo saiu da Praça do Carmo e seguiu pela Rua Prudente de Moraes, passando pelos Quatro Cantos, Rua do Amparo, Rua Joaquim Cavalcanti, Avenida  Joaquim Nabuco, Prefeitura, e voltando à Praça do Carmo.
O momento é também de comemoração, pois a cidade conseguiu obter o indíce satisfatório de infestação de dengue, de acordo com pesquisa de Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypt (LIRA), do Ministério da Saúde. "Temos um comitê, que reúne todas as secretarias, somente para tratar da dengue. Estamos também com agentes passando nas casas para alertar as pessoas. Tem muita gente que vem de fora nessa época do ano", lembra a diretora.
A pesquisa foi feita em 1.235 municípios para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor. Olinda ficou entre as 787 cidades do Brasil e foi a 35ª do estado que conseguiram controlar a infestação. "Não podemos relaxar. Até mesmo em uma tampinha de garrafa o mosquito pode se reproduzir", lembra Márcia.
Os moradores de Olinda que quiserem denúnciar focos de mosquito no munícipio podem entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelo telefone (81) 3301.5828. Denúncias também podem ser feitas à Ouvidoria de Saúde do estado, com uma ligação gratuita para o telefone 0800.286.2828.
Alimentos
Além dos cuidados com a dengue, três equipes da Vigilância Sanitária vão atuar junto às barracas durante o carnaval, para fiscalizar a atuação dos comerciantes e os cuidados com os alimentos durante a folia. Três barreiras sanitárias também vão ser instaladas nos principais acessos da folia na Cidade Alta, para evitar a entrada de produtos inadequados para o consumo.
Enterro simbólico do Aedes Aegypti foi animado por orquestra de frevo (Foto: Katherine Coutinho / G1 PE)Enterro simbólico do Aedes Aegypti foi animado por orquestra de frevo (Foto: Katherine Coutinho / G1 PE)

RJ registra mais de 40 mil casos de suspeita de dengue esse ano

No município do Rio, o número chega a 9.163 mil; 1.353 só na Zona Oeste.
Em 2012, no mesmo período, foram 33.261 mil no estado, diz Secretaria.

Do G1 Rio

O estado do Rio de Janeiro já registra 41.409 mil casos de suspeita de dengue desde 1º de janeiro a 11 de março de 2013, conforme mostrou o Bom Dia Rio desta quarta-feira (13). No município do Rio, este número chega a 9.163 mil, sendo 1.353 somente na região de Realengo e Bangu, na Zona Oeste da cidade.
“A preocupação das pessoas fica focada no início do verão, mas a verdade é que esse número começa a subir a partir de março e deve continuar subindo até maio. Começou a chover mais tarde, então o mosquito vai começar a se reproduzir com mais intensidade. E nós estamos vivendo a situação de ter o vírus 4 circulando e ninguém teve contato com esse vírus ainda”, informou o especialista Luis Fernando Correa.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, no mesmo período de 2012, foram 33.261 mil casos de suspeita de dengue no estado do Rio, com um óbito. A maior concentração é no Noroeste do estado.