Caruaru, PE, registra aumento de 50% no número de focos de dengue
Agentes de saúde intensificam as fiscalizações para combater focos.
No Recife, maioria dos casos registrados em 2012 foi no bairro do Ibura.
Agentes de saúde também intensificaram os trabalhos no Recife para evitar o aumento no número de casos, especialmente agora, durante o verão. “O calor faz com que o ciclo de desenvolvimento do mosquito se encurte. Normalmente, para desenvolver do ovo à larva, demora 30 dias. Nessa época do ano, passa a ser em torno de dez”, alerta Otoniel Barros, gerente do Centro de Vigiância Ambiental do Recife.
A mudança do clima e desatenção dos moradores contribuem, e muito, para o aumento de novembro pra cá. “Essas primeiras chuvas, e o tempo quente, é quando os ovos estão acumulados e eclodem, surgido novos focos de dengue”, explica o coordenador do programa de Combate à Dengue, Daniel Silva.
De acordo com a diretoria de Vigilância Epidemológica de Pernambuco, Rosilene Hans, apenas uma cidade de Pernambuco não registrou nenhum caso de dengue em 2012: Granito, no Sertão, ficou livre da doença por todo o ano passado. “Tivemos notificações em todos os outros locais do estado”, conta a diretora. Até Fernando de Noronha apresentou casos confirmados do mal e Recife concentrou 23% deles em Pernambuco.
De acordo com Otoniel Barros, todo tipo de recipiente pode virar foco de dengue. “A gente tem copos descartáveis aqui na rua que servem de foco. É só chover”, explica. “O vírus da dengue passa mais de 400 dias viável na natureza. Juntou água, serve como foco”, conta. A recomendação dos médicos é procurar o posto de saúde mais próximo sempre que houver suspeita de dengue. De acordo com Rosilene Hans, os sintomas são os mais clássicos como dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, febre e dor nos olhos. Mas há casos onde a gravidade pode ser notada logo nos primeiros sintomas. “Se tiver, além destes sintomas, diarreia, náusea e vômito, procurar imediatamente uma emergência. O quadro pode estar grave”, explica.
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