quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013



Presença da dengue tipo 4 é predominante em BH, diz prefeitura

De 48 exames realizados pela Funed, 28 continham o sorotipo 4.
Vírus pode afetar quem já teve os outros três tipos da doença.

Do G1 MG
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A presença do vírus tipo 4 da dengue é predominante em Belo Horizonte, conforme estudo feito pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quarta-feira (27). Dos 48 exames realizados pela fundação, 28 continham o sorotipo 4.
Até esta quarta-feira (27), 1.164 casos de dengue clássica – dados que incluem infecção do tipo 1 ao tipo 4 – e um caso de dengue hemorrágica na capital haviam sido confirmados, sendo 218 ocorrências na Região da Pampulha e 169 registros no Norte de Belo Horizonte. A região de menor incidência da doença é o Barreiro com 73 confirmações. Em todo o ano de 2012, houve o registro de 585 casos em BH.
Quando uma pessoa é infectada por um dos tipos de dengue, posteriormente o organismo irá criar uma barreira contra novas contaminações do mesmo. Como o sorotipo 4 foi identificado em Minas Gerais a partir de maio de 2012, após um período de 30 anos sem ocorrências no estado, a população ainda não criou a resistência necessária. Por isso, é alta a possibilidade de afetar quem já teve os outros três sorotipos.
Dengue no estado
A notificação de casos de dengue em Minas Gerais aumentou 841% em comparação feita pelo Ministério da Saúde, divulgada nesta segunda-feira (25), no qual os períodos de 1º a 16 de fevereiro de 2012 e de 2013 foram analisados. No ano passado, 3,7 mil pessoas foram encaminhadas ao hospital com suspeita de ter contraído a doença. Já em 2013, o número foi de aproximadamente 35 mil. Ipatinga, no Vale do Aço, é a cidade com o maior número de casos, com 4,7 mil registros. Belo Horizonte está em quinto lugar com 2,3 mil.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, entre outubro e maio é quando há a maior incidência de dengue. A causa é o período chuvoso, quando a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, é facilitada, uma vez que as larvas vivem na água limpa. Outra causa apontada pela secretaria é a troca de mandato em muitas prefeituras, já que diversos prefeitos retiraram recursos para o combate à doença e desmobilizaram equipes de controle.

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