segunda-feira, 1 de abril de 2013


Casos de dengue não param de crescer e 10 estados têm epidemia

A situação é preocupante no Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraná.

Os números da dengue no Brasil não param de crescer. Pelo menos dez estados enfrentam epidemia da doença. Só no Rio de Janeiro, metade dos municípios está nessa situação.
Parecia uma gripe bem forte, mas Lúcia estava enganada. E o diagnóstico confirmou: dengue. “Fiquei uma semana mesmo de cama”, conta.
Três pessoas já morreram com dengue no Rio, em 2013. O número de mortes no estado é menor do que o do ano passado, mas o registro de casos no mesmo período aumentou 43%. De primeiro de janeiro a 23 de março foram 69.343.
O Aedes aegypti pode transmitir quatro tipos diferentes de vírus. A dengue do tipo 4 não significa que a doença seja mais grave, mas os sintomas são os mesmos da dengue 1, 2 ou 3.
Francisco Botelho sabe bem como é. “Inicialmente diarreia, no dia seguinte febre, dor de cabeça, mal estar, enjoo, muita febre. Não tem vontade de levantar, de fazer nada”, diz o aposentado.
A doença avança pelo país. A situação é preocupante ainda no Amazonas, em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais. No interior paulista, os municípios de Cruzeiro, Leme e Barretos são os mais atingidos. Na Bahia e no Paraná também há muitos casos.
Pessoas com suspeita de dengue lotam os centros de saúde em Belo Horizonte. Contêineres foram instalados em vários pontos da capital mineira para dar atendimento dia e noite.
Os moradores da cidade de Leme, a 182 quilômetros de São Paulo, enfrentam a segunda epidemia. Das sete pessoas que moram na casa da Dona Maria, apenas o neto caçula não ficou doente. “Eu parecia que estava vendo tudo rodando”, conta uma menina.
O perigo estava em casa mesmo, em um quartinho no fundo do quintal. “Eu abri o brinquedo e estava cheio de larvinha”, diz a menina.
A tia admite: “Foi um descuido mesmo, um brinquedo se torna um perigo”, afirma.
Em uma escola pública, funcionários foram infectados. “De 42 funcionários, 11 tiveram ou estão com dengue”, afirma a vice-diretora Adriana da Silva Costa.
Os alunos foram às ruas para conscientizar a vizinhança. “É de pequeno que se aprende, muito bonito mesmo”, diz uma mulher.
A colaboração tem que ser mesmo intensa. O pesquisador de biologia parasitária Rafael Freitas alerta: não há data certa para o fim da temporada de dengue.
“A ocorrência de dengue está muito associada à ocorrência das chuvas. Os casos de dengue têm tendência de diminuir quando se acaba ou quando se termina o período de chuvas também”.

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