segunda-feira, 1 de abril de 2013


Nordeste // ovitrampas

Vigilância Ambiental de João Pessoa instala armadilhas para fisgar mosquito da dengue



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Ovitrampas são armadilhas de cor preta, para atrair as fêmeas do mosquito a colocar os ovos dentro
Foto: Fiocruz/ Divulgação

Vanessa Silva Do NE10/ Paraíba
A partir desta semana, o combate à dengue na capital paraibana vai contar com um novo dispositivo: armadilhas para captura do mosquito Aedes Aegypti. De acordo com a Gerência de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ação começará pelo bairro do Bessa, zona leste da cidade. Até a próxima sexta-feira (5), a expectativa do órgão é ter instalado pelo 30 armadilhas do tipo ovitrampa no bairro.

As ovitrampas são armadilhas com larvicida que atraem o mosquito da dengue. Segundo o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nilton Guedes, estes dispositivos tornam mais eficiente a contagem de vetores. As armadilhas são recolhidas a cada sete dias, evitando que se complete o ciclo do mosquito, que passa por quatro estágios de crescimento: ovo, larva, pupa e mosquito adulto (período que dura cerca de 10 dias). “Cada uma das 30 ovitrampas terá duas palhetas de coleta. Se houver ovos em alguma delas, é sinal de que há regiões com foco do mosquito no bairro”, explicou.

O monitoramento no Bessa será realizado da seguinte forma: nesta terça-feira (2) serão instaladas 15 ovitrampas, sendo uma a cada quatro quarteirões. As restantes serão colocadas na quarta (3). Na semana seguinte, essas armadilhas serão recolhidas por agentes ambientais para verificação. Depois, serão recolocadas nos mesmos locais. Esse procedimento será o mesmo até o recolhimento definitivo das armadilhas, no dia 23 de abril.

Ainda de acordo com a SMS, o trabalho começará pelo bairro do Bessa por ser uma área com muitas construções, estar na divisa entre João Pessoa e Cabedelo e também por ser uma área de grande rotatividade, devido ao perfil turístico. Após essa primeira etapa, outras regiões da capital também receberão as armadilhas.

ARMADILHAS – A ovitrampa é uma armadilha constituída de um pote preto fosco, com capacidade para um litro de água, sem tampa e com uma palheta de madeira compensada, presa verticalmente por um clipe no interior do recipiente. Nesse pote, é colocada água de torneira com larvicida.

As fêmeas do mosquito são atraídas pela cor preta do balde e fazem a oviposição na palheta. Depois da retirada dessas palhetas, os agentes fazem uma contagem do número de ovos. Esses números irão ajudar os agentes de saúde a identificar a presença e o nível de infestação do mosquito numa determinada área.

Para o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nilton Guedes, além de eficiente, a ovitrampa é uma armadilha barata. Ela é capaz de mapear a oviposição e a distribuição espacial de ovos em diferentes períodos sazonais. Ele ressalta, ainda, que a instalação dos dispositivos possibilita o contato dos técnicos do órgão com os moradores e amplia os conhecimentos sobre o mosquito em locais onde a população ainda não está sensibilizada para o problema.

CICLO - Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas urbanas, em locais com pequenas quantidades de água limpa, sem a presença de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é ácida.
Normalmente, as fêmeas do Aedes escolhem locais que estejam sombreados e em zonas residenciais. Por isso, a Vigilância alerta para a importância de não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o Aedes aegypti não conseguirá se reproduzir.

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